Editorias
Crônica: Eternas Crianças
Por: Aciléa Pinto da Cunha
Nascemos bebê, somos indefesos, usamos fraldas e queremos nossa mãe.
De repente estamos andando, falando, compreendendo o que se passa à nossa volta.
Chegamos à época dos folguedos, jogos, brincadeiras, adolescência, o primeiro amor, estudos, maioridade, trabalho, competição, casamento, responsabilidades.
Os filhos vão crescendo, nós envelhecendo e aos poucos vamos perdendo a flexibilidade, as forças se vão, as doenças chegam...
Num dia não tão remoto assim nos achamos numa cama usando fraldas, dependendo dos filhos e sem entendermos o que está acontecendo começamos a chama-los de ‘’papai’’ e ‘’mamãe’’. E assim, a criança que existe em nós retorna e nos tornamos as ‘’Eternas Crianças’’.
O passo seguinte é o entendimento, a compreensão do que existe além deste mundo ilusório que nos rodeia. Chegamos neste momento com a realidade maior, um retorno as nossas origens.
E o poeta completou:
‘’A rosa morria,
Caía a terra,
Voltava em nova vida,
Morro e de mim
Nascerão plantas.
Frutos darei,
Vida à vida,
Volto as minhas origens!”
Jornalista, associada e colaboradora da Revista da AABB-Rio