14 de Outubro de 2022

Crônica: Eternas Crianças

Por: Aciléa Pinto da Cunha



Nascemos bebê, somos indefesos, usamos fraldas e queremos nossa mãe.


De repente estamos andando, falando, compreendendo o que se passa à nossa volta.


Chegamos à época dos folguedos, jogos, brincadeiras, adolescência, o primeiro amor, estudos, maioridade, trabalho, competição, casamento, responsabilidades.


Os filhos vão crescendo, nós envelhecendo e aos poucos vamos perdendo a flexibilidade, as forças se vão, as doenças chegam...


Num dia não tão remoto assim nos achamos numa cama usando fraldas, dependendo dos filhos e sem entendermos o que está acontecendo começamos a chama-los de ‘’papai’’ e ‘’mamãe’’. E assim, a criança que existe em nós retorna e nos tornamos as ‘’Eternas Crianças’’.


O passo seguinte é o entendimento, a compreensão do que existe além deste mundo ilusório que nos rodeia. Chegamos neste momento com a realidade maior, um retorno as nossas origens.


E o poeta completou:

‘’A rosa morria,

Caía a terra,

Voltava em nova vida,

Morro e de mim

Nascerão plantas.

Frutos darei,

Vida à vida,

Volto as minhas origens!”


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Jornalista, associada e colaboradora da Revista da AABB-Rio

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