07 de Maio de 2019

CRÔNICA

(*) Por Acilea Pinto da Cunha


O ENCONTRO

Em uma alameda em que flores ladeavam a passagem, rosas, cravos, margaridas e bromélias enfeitavam o caminho. Por ele, indiferentes a tudo que os rodeavam, dois jovens, ele com 18 e ela com  15 anos, passeavam de mãos dadas. O Sol iluminava o caminho e o semblante de ambos era de alegria e felicidade. Porém, um pai ciumento  e possessivo surgiu a frente do casal e zangado, chamou a filha com veemência: _você deveria estar em casa estudando e não namorando, vamos para casa já! E, brutalmente, puxou-a pelo braço. O rapaz interviu e então começaram uma briga que não foi adiante pela intercessão de dois policiais que passavam e os levaram a delegacia, até que o rapaz se prontificou a se afastar e deixar a namorada e o pai.


Mas, a providência divina intercedeu, fazendo com que a mãe da moça estivesse no mesmo caminho. Ela abraçou a filha e enfrentou o marido dizendo: _não farás nada com ela, eu consenti este namoro e exijo que tenhas respeito a minha decisão. Não se sabe como, nem o por quê? Mas,  o pai cabisbaixo atendeu ao apelo da esposa e ajoelhado pediu perdão a esposa e a filha. E foi com lágrimas nos olhos de alegria, que todos se abraçaram.


E, assim, termina o que seria uma tragédia, se o bom censo e os desígnios de Deus não agissem  ao lado da felicidade de todos. E, abraçados seguiram para casa, aprovando e concordando com aquela linda passagem da mocidade dos jovens enamorados.


(*) Associada, Jornalista e colaboradora da Revista da AABB-Rio.

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