Editorias
CRÔNICA
ILUSÕES
(*) Por Acilea Pinto da Cunha
Sonhei que do alto da montanha eu alçava vôo e deslizava no ar. Passei por montanhas, campos, vegetação, flores e tudo que a natureza apresentava no momento. Camponesas com seus vestidos rodados e lenços na cabeça, passeavam abraçadas, rindo e usufruindo o ar leve e gostoso que inundava o ambiente.
Animais em bandos com seus filhotes pulavam e esbanjavam a alegria de serem soltos e livres. Pescadores jogavam suas redes em busca de sustento. Crianças com suas bolas, brinquedos, peraltices brincavam, brigavam e viviam o seu momento de alegria e infância. Casais de namorados de mãos dadas e conversas furtivas passavam entre beijos e abraços.
Saguis pulavam muros saltitantes e saudando a vida. Senti-me parte do todo, inebriada com tanta vida. Como era bom flutuar com o vento, sentir-me leve e solta. Queria continuar, fazer parte da natureza, desfazer-me de um corpo pesado e cheio de dificuldades, mas, repentinamente tudo voltou ao mundo real. Estava deitada em minha cama e acabava de acordar de um lindo, maravilhoso e feliz sonho DE UMA NOITE DE VERÃO.
(*) Jornalista, associada e colaboradora da revista da AABB-Rio.