22 de Abril de 2020

Está difícil alimentar as crianças no período de quarentena? Calma, vamos conversar.

Por Jusley Valle


Olá pais! Há dias, mesmo em condições que chamamos de “normais”, que é bem complicado convencer os pequenos a comerem, não é verdade? Eu entendo vocês, porque já passei por isso.


E, agora, durante a quarentena, esse desafio se tornou maior. Sim, é verdade! Se para nós, que somos adultos, é difícil manter uma alimentação saudável, imagina para as crianças que projetam a permanência em casa como férias, quando existe flexibilidade na rotina!?


Os pais podem incentivar a experimentação e não deduzir que, porque eles não gostam de algum alimento, a criança também não gostará. O paladar da criança não deverá ser definido pelos parâmetros de seus pais.


Durante o desenvolvimento infantil, é natural que a criança passe pelo processo de adaptação, quando inicia a transição alimentar. Ela pode estranhar sabores, texturas e cores. Com o passar do tempo, os pequenos formam suas escolhas alimentares, isso é normal. Mas, há alguns casos em que as crianças resistem às refeições e preferem comer outros tipos de alimentos não recomendados, como “fastfoods”, doces ou similares.


Não falarei aqui sobre o valor nutricional dos alimentos, porque essa competência cabe ao especialista em nutrição. Por enquanto, vou dar algumas dicas de abordagem, para apoiar vocês a promoverem a alimentação saudável com os pequenos e que podem ser aplicadas na fase atual de tempo integral em casa ou em qualquer outro momento:  


- Envolva a criança na escolha dos alimentos, permitindo que ela toque e cheire. Varie a oferta, porque alimentos coloridos chamam a atenção da criança;


- Peça ajuda para pôr ou retirar a mesa, levando em conta a idade da criança e evitando objetos cortantes ou quebráveis;


- Evite forçar a criança a comer. Prefira explicar sobre a necessidade de consumir alimentos saudáveis, para seu crescimento e que possa ficar forte para estudar e brincar mais;


- Incentive a prática de alguma atividade física e tente manter os horários das refeições, mesmo em casa, pois elas ficarão mais dispostas;


- Não obrigue a criança a comer, visando alguma recompensa. Nada de monetização alimentar! Falas do tipo: “Se você comer tudo, vai poder jogar”, “Se não comer, não vou dar o brinquedo que você quer”. Ela vai registrar no cérebro um processo de troca que pode afetar seu comportamento adulto, quando tudo será usado como papel moeda e compensação.


- Aproveite o momento, para testar novas receitas e convidar a criança para cozinhar com vocês. Fazer um bolo e sanduiches saudáveis são ótimos estímulos.


Por outro lado, muitas crianças (e adultos também) acabam perdendo as rédeas e comendo demais ou de forma inadequada, durante o distanciamento social. Isso, porque ficam ansiosos e podem sentir o que os especialistas chamam de “fome emocional”.  Nesse caso, vale uma atenção especial dos pais quanto às suas próprias emoções e às dos seus filhos.


A obesidade infantil é uma das maiores preocupações dos pediatras, pois estamos formando adultos com riscos elevados de diabetes, problemas cardíacos, redução de mobilidade e outras doenças.


Portanto, aproveitem as dicas e “mão na massa”!


Quem aí ainda não consegue convencer o filho a comer?


Fiquem bem e um abraço virtual! 

Sobre a autora


Sou Jusley Valle, Consultora Educacional, Educadora Parental em Disciplina Positiva, Analista Comportamental, Kidcoach e palestrante. Querem saber mais? Acessem minhas redes sociais @jusleyvallecoach e o meu site www.jusleyvallecoach.com/.


Fiquem atentos aqui e nas minhas redes sociais. Com a Disciplina Positiva e o Coaching Infantil, posso apoiar vocês no desafio de educar seus filhos e promover qualidade de vida nas famílias e escolas. Contem comigo!

 

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