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Qual o seu papel como pai?
No geral, quando pensamos em educação dos filhos, somos direcionados para a figura feminina. Isso porque, culturalmente, o homem sempre foi o responsável pelo provimento financeiro e a mulher pela educação dos filhos e cuidados da casa.
A sociedade construiu seus padrões sobre a crença e o conceito patriarcal majoritário, nos quais a figura masculina representava a mola financeira da família e à mulher cabia a chamada profissão “do lar”, que nada mais era do que aquela que assumia todas as tarefas e rotinas da casa e a missão de educar as crianças.
Mas o tempo passa, o tempo voa e com ele vêm as transformações. Padrões do passado cedem lugar a novos modelos de atuação.
Hoje, na sociedade moderna, a mulher tem assumido outros papéis muito além do “do lar”, que, aliás, já saiu de moda há muito tempo. A figura feminina vem sendo fortalecida (mesmo ainda sofrendo certos preconceitos que estão sendo quebrados) e valorizada no mercado de trabalho, na ciência, na política, na sociedade e no mundo.
Vale ressaltar que educar é diferente de criar. Você pode criar plantas e animais, por exemplo. Mas educar dá trabalho e é um processo lento e contínuo. Não é uma tarefa que se faz durante um final de semana e pronto, não precisa mais educar. É sim um desafio diário e que pode ser compartilhado pelos responsáveis pela criança.
Por isso, nosso foco aqui no artigo não é a mulher, mas o homem enquanto pai. Vamos falar sobre o papel e responsabilidade do pai na educação dos filhos.
Felizmente para as crianças, os pais vêm aumentando sua representatividade e efetividade no processo de educação, assumindo uma atuação que era exclusiva ou imposta à mulher.
As agendas apertadas, a rotina acelerada e a competição acirrada no mercado de trabalho exigiram dos casais uma adaptação, ou poderia chamar de evolução, na partilha da responsabilidade no processo de cuidar e educar os filhos.
A mãe, finalmente percebeu, que antes de ser mãe é mulher e que pode contar, cada vez mais, com a parceria do pai, cujo papel de educador tem sido ampliado.
Em muitos casos, as mães são as ditas “chefes de família” e mantenedoras financeiramente da casa. Sair para trabalhar, enquanto os pais ficam em casa cuidando dos filhos se tornou uma situação normal na atualidade.
Os pais se reposicionaram e perceberam o quanto é importante sua atuação no desenvolvimento dos filhos, não só para os pequenos, mas para os próprios pais, que se sentem mais integrados e participativos.
Isso é extremamente positivo porque os filhos identificam que possuem duas âncoras de sustentação, com as quais podem contar a qualquer momento e que são pessoas da sua confiança, gerando estabilidade emocional para a criança.
No geral, é natural que as crianças se identifiquem mais com as mães, até mesmo pela questão da maternidade, mas é muito importante para a criança perceber que o pai também é um porto seguro.
Muitos pais têm percebido que a educação dos filhos merece ser compartilhada e estão brilhando nesse desafio, dividindo papéis e responsabilidades com as mães, por meio de combinados e da divisão de tarefas.
Aí sim! Estamos praticando o jogo do “ganha-ganha”, quando todos ganham: mães, pais e filhos. Parabéns!!
Um abraço e até o próximo!
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