*Por Jusley Valle

Quantas vezes você se pega, mantendo o olhar nos problemas ou nos erros em vez de focar nas soluções?

Já percebeu que, algumas vezes, gastamos muita energia, valorizando o problema no lugar de concentrar nossa atenção em resolvê-los?

Imagino que algumas vezes, não é mesmo?

É muito comum isso acontecer porque ficamos muito preocupados em encontrar os culpados pelo que deu errado ou pelo que não funcionou como esperávamos.

Ficamos tomados de emoção e esquecemos de é muito mais produtivo focar na solução do problema com olhar para os próximos passos.

Isso não significa que não seja necessário identificar e ajustar os motivos que provocaram o erro, mas isso pode ser feito com o objetivo positivo de resolução do problema e não com a intenção de “caça às bruxas”.

Quer um exemplo?

Uma típica briga entre irmãos. Os pais quase sempre perguntam "Quem começou?" ou "Quem fez isso?" ou ainda "Quem foi o culpado e que irá pro castigo?"

Fazemos a nossa interpretação dos fatos sem, sequer, ouvir os envolvidos de uma forma onipresente. Usamos frases do tipo: "Aposto que foi você quem começou isso?", "Quem mandou você bater no seu irmão?" ou "Vou te botar de castigo pra você aprender". 

Conversar com os filhos e construir juntos uma resposta adequada para a questão é focar em solução, olhando para o futuro de forma funcional e equilibrada. Esse é um princípio básico da Disciplina Positiva.

Uma atitude positiva e que traz resultados efetivos e assertivos é fazer perguntas que busquem soluções: "Como podemos fazer pra que isso não aconteça de novo?", "Quais ideias vocês dão pra gente resolver isso?" ou "O que vocês acham que podemos mudar?"

Confiem nos seus filhos e deem a oportunidade deles se manifestarem e se sentirem úteis e capazes de encontrar suas próprias soluções. ?

De acordo com a Disciplina Positiva, as soluções mais adequadas contêm as seguintes premissas: 

ü  Relacionadas - que tenham conexão com o erro cometido ou problema;

ü  Razoáveis - que façam sentido e sejam congruentes com o erro;

ü  Respeitosas - que respeitem os direitos e deveres dos envolvidos;

ü  Úteis - que tragam utilidade para o futuro e evitem a repetição do erro.

Aplicando essas premissas, fica muito mais democrático e respeitoso resolver os erros dentro do sistema familiar.

Espero que vocês consigam mudar a lente da atenção e focar na solução nas questões com seus filhos, gerando conexão e uma relação de confiança.

Um abraço e até o próximo artigo!

Sobre a autora 

 Eu sou Jusley Valle, Consultora Educacional, Educadora Parental e Fundadora da Academia de Pais Conscientes, o canal mais conectado aos pais e às pessoas interessadas em educação positiva.

 Na prática, eu ajudo você a se comunicar de forma afetiva, se conhecer e a lidar com as emoções, encontrando soluções para os problemas do dia a dia, trazendo melhoria nas relações dentro de família com ganho de qualidade de vida.

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