Editorias
Você está falando grego com seus filhos?
*Por Jusley Valle
Às vezes, você tem a impressão de que seus filhos
não escutam? Que você fala, fala, fala e eles não estão nem aí?
Será que é porque eles não escutam ou você que
não está se conectando com eles?
A gente se comunica o tempo todo. Na família, na
escola, no trabalho, com os amigos, nas relações afetivas. Em todos os momentos
e de diversas formas: falando, escrevendo, por gestos e por expressões faciais
ou corporais. E assim, também, é com as crianças, mesmo aquelas que ainda não
sabem falar e se comunicam pelo choro.
Muitas vezes, sem
perceber, somos nós que não encontramos a melhor forma de nos comunicar com as
crianças. Temos dificuldade em identificar a linguagem e a forma adequadas,
para transmitir a mensagem que desejamos passar.
Quem de vocês já
falou a famosa frase “Meu filho não me escuta?”. Me incluo nessa posição.
Por acaso, vocês já
viveram essa mesma situação? Pois é, chega a uma hora que não alcançamos mais a
audiência deles e perdemos a conexão.
Seja porque viramos
um antigo disco arranhado que repete a mesma música ou porque o nosso assunto
não faz mais parte do repertório deles ou porque a criança entende a mensagem
de outra forma.
Precisamos ficar
atentos à utilização das palavras e ao tom de voz, porque este cuidado faz toda
a diferença.
Uma ferramenta super
útil é a CNV - Comunicação Não Violenta, que nada mais é do que uma maneira de
se comunicar, usando a empatia e a escuta ativa, visando a cooperação e as
relações de parceria.
Muitas
vezes, magoamos o outro sem perceber. Isso é normal e acontece, mesmo quando
não queremos. Um simples comentário, mal colocado, afeta a autoestima da
criança.
Acredito
que saber se comunicar de forma respeitosa e com amorosidade ajudam a expressar
nossas ideias, facilitando o diálogo e o entendimento da mensagem. E tudo isso
é possível, quando você se conhece e consegue gerir suas emoções.
Sabia que quanto mais você se conhece, mais se
comunica de forma eficiente?
Assim, fica mais fácil transmitir o que sentimos,
sendo assertivos ao enviar a mensagem, sem magoar o outro. Além disso, pra mim,
qualquer assunto pode ser discutido e entendido, quando o canal de comunicação
está aberto.
Uma prática que adoto é a seguinte:
ü Distinguir
entre observações e juízo de valor
ü Separar
sentimentos de opiniões
ü Identificar
necessidades dos interlocutores
ü Diferenciar
pedidos, exigências e ameaças
Não há necessidade de gerar medo nas crianças em falar e expressar suas
opiniões. Elas precisam se sentir à vontade e confiar nos pais.
Mas
é importante manter a congruência entre o que se diz e o que se faz. Ou seja,
não vale o ditado “faça o que eu digo, não faça o que eu faço”, ok?!
Seguindo
essas dicas e mantendo o respeito mútuo, tenho certeza de que seus filhos irão
ouvir e entender tudo o que vocês querem comunicar.
Um
abraço e até o próximo artigo!
Sobre a autora
Eu sou Jusley Valle, Consultora Educacional, Educadora Parental e Fundadora da Academia de Pais Conscientes, o canal mais conectado aos pais e às pessoas interessadas em educação positiva.
Na prática, eu ajudo você a se comunicar de forma afetiva, se conhecer e a lidar com as emoções, encontrando soluções para os problemas do dia a dia, trazendo melhoria nas relações dentro de família com ganho de qualidade de vida.
Academia de Pais Conscientes está no Instagram, no Facebook, no YouTube, no Telegram, nas principais plataformas de podcast como Spotify, Apple, Google e no meu Blog, com episódios atualizados em tempo real. Visite os meus sites www.academiadepaisconscientes.com/ e www.jusleyvallecoach.com/