*Por Jusley Valle

O psicólogo Rudolf Dreikurs, um dos criadores da Disciplina Positiva afirmava que “...É fácil brincar com um bebê, mas, quando a criança cresce, parece que perdemos o interesse de brincar com ela…”.

Você já parou para pensar sobre isso? Será que já aconteceu com você em relação aos seus filhos? Se sim, é normal e não precisa sentir culpa.

Na correria do dia a dia, com as agendas lotadas e com o estresse provocado pelas cobranças no trabalho, os adultos se esquecem de como o ato de brincar é importante para o desenvolvimento da criança e, principalmente, para o fortalecimento da conexão com os pais ou cuidadores.

E o que normalmente acontece? Você está em casa com tempo disponível e fica o tempo todo no celular, lendo e-mails do trabalho ou no computador finalizando tarefas, durante a noite o no final de semana.

Infelizmente, este tem sido o comportamento da maioria dos pais. Não porque não estejam interessados em seus filhos, mas porque os eletrônicos e smartphones estão muito evoluídos e permitem quase tudo, provocando o efeito de jornada contínua. Hoje, você pode manter desde uma simples conversa com o seu chefe a uma operação financeira.

Porém, os que os adultos esquecem é que brincar pode se tornar o ponto focal entre pais e filhos. Mas o estranho é que quando as crianças crescem, os pais tendem a não sentir mais vontade de brincar com elas que precisam de oportunidades de brincar, ativamente, para experimentar.

O resultado é que o pouco tempo que os pais têm acaba sendo consumido por este recurso que, na verdade, existe para facilitar e aproximar as pessoas. Porém, esta postura afasta e diminui a interação com as crianças e, inclusive, com seus pares.

Se você age desta forma, preste atenção, pois seu filho pode estar sentindo sua falta. As crianças adoram brincar com os pais e inventar histórias e aventuras.

Por isso, resolvi trazer três dicas para ajudar você a mudar esse cenário:

1. Mostre interesse pelo dia da criança e peça para ela descrever como foi. Incentive o diálogo de uma forma divertida e leve. Pergunte como foi o seu dia, peça para ela descrever. Não se contente com respostas do tipo “foi bom”, “foi tudo bem”. Faça perguntas cujas respostas sejam mais elaboradas e transmitam o sentimento da criança;

2. Organize programas ao ar livre, como parques, caminhadas, praia, trilhas leves, jogar bola, andar de bicicleta, patins... O contato com a natureza faz bem para a mente e para o corpo, além de proporcionar liberdade e movimento para a criança;

3. Libere a sua criatividade e invente brincadeiras – jogos de tabuleiro, conte histórias, leia um livro, crie artesanato, pratique cozinha infantil, monte uma peça de teatro, cante... Uma sessão pipoca vendo um desenho ou filme infantil vai aproximar vocês, além de acalmar os pequenos.

Mas para aumentar a conexão, não vale deixar a criança brincando sozinha no play, em uma piscina de bolinha ou com os brinquedos dentro do quarto, tá bom! Reservar o momento brincante faze toda a diferença para a diversão!

Solte-se e seja o próprio brinquedo dos seus filhos!

Um abraço e até o próximo artigo.

Sobre a autora

Eu sou Jusley Valle, Consultora Educacional, Educadora Parental e Fundadora da Academia de Pais Conscientes, o canal mais conectado aos pais e às pessoas interessadas em educação positiva.

 Na prática, eu ajudo você a se comunicar de forma afetiva, se conhecer e a lidar com as emoções, encontrando soluções para os problemas do dia a dia, trazendo melhoria nas relações dentro de família com ganho de qualidade de vida.

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